Eu tenho uma caixinha
onde guardo minhas lembranças,
o captar sensitivo …
de minhas melhores visões.
Meus amores, as paixões …
Todos os meus problemas
com as devidas soluções.
Meus desejos
Os segredos …
os meus sonhos mais secretos
e as minhas ilusões.
Eu guardo na caixinha
meus amigos, os meus livros …
e algumas canções.
dois cachorros queridos
um amigo invisível …
Uma história de amor.
A letra de uma música
me feita sob medida,
Das memórias da infância
nos anos sessenta…
eu guardo os detalhes
do julho anual por Copacabana.
E o “glamour” de minha mãe
Eu guardo na mesma caixinha…
Com as confidências de meu pai
em sua linda voz …
a me chamar “Ciranda”!
Quase dois anos diários de “pores-do-sol”
com seus laranjas e lilases …
Nos batimentos do mar na Macumba,
ou no amanhecer de luzes na Paulista
o compassar da sonoridade de um amor sem-fim
A inspirar as melodias que ele fez pra mim
Mas já te guardei na caixinha
sob a flor da minha pele
Pra poder também te amar
quando eu quiser !!!
Gostei dessa caixinha, espero que tenha um lugarzinho pra mim, sour gordinha mas não “espaçosa” rsrss bjs Nilce
Eu também tenho uma caixinha
Só que me esqueci de fechá-la
Meus segredos voaram ao vento
Revelados ao Léo.
Meu pai, meu confidente
Habita em todos os seres
Que me acenam com proteção.
Sobraram minhas lembranças
Da mesma Copacabana
Que engoliu minha infância.
Se eu soubesse…
Teria trancado essa caixinha até hoje
Pois abri minhas comportas
E continuei presa no calabouço da solidão